22 outubro 2007

The end...

Não me interessa o que fazes na vida. Quero saber o que anseias e se tens coragem de sonhar com a realização desse anseio.
Não me interessa que idade tens. Quero saber se tens coragem de fazer figuras tolas em busca do amor, dos teus sonhos, da aventura de estar vivo.
Não me interessa quais os planetas que regem a tua lua. Quero saber se tocaste no âmago da tua própria dor, se tens estado aberto às traições da vida ou se te fechaste com medo de sofrer.
Quero saber se consegues sentar-te na presença da dor, tua ou minha, sem tentares escondê-la, esmorecê-la ou remendá-la.
Quero saber se consegues estar na presença da alegria, tua ou minha, se consegues dançar loucamente e deixar o êxtase inundar-te, da ponta dos pés à cabeça, sem dizer "tem cuidado, sê realista, lembra-te das limitações do ser humano".
Não me interessa se a história que me contas é verdadeira. Quero saber se és capaz de desiludir uma pessoa para seres verdadeiro para contigo próprio; se consegues suportar a acusação de traição e não traíres a tua alma, se consegues despojar-te de fé e ser de confiança.
Quero saber se consegues ver a beleza, mesmo quando não é bonita, todos os dias, e se consegues alimentar a tua vida com a sua presença.
Quero saber se consegues viver com o fracasso, teu e meu, e ainda assim abeirar-te do lago e gritar à Lua Cheia de prata: "Sim!"
Não me interessa saber onde vives ou quanto dinheiro tens. Quero saber se consegues levantar-te, depois de uma noite de dor e desespero, cansado e dorido até ao âmago, e fazer o que for preciso para alimentar os teus filhos.
Não me interessa quem conheces ou como aqui chegaste. Quero saber se enfrentarás as chamas comigo, sem dares um passo atrás.
Não me interessa onde, o quê ou com quem estudaste. Quero saber o que te sustenta, por dentro, quando tudo o resto desmorona.
Quero saber se consegues estar a sós contigo mesmo e se verdadeiramente aprecias a tua companhia nos momentos vazio.

Sonhador da Montanha Oriah, Ancião Índio

03 setembro 2007

Adultos? Não

Tenho a consciencia que o Mundo não é perfeito. No entanto quando vejo adultos que não se portam como tal, agindo de uma forma tosca e bruta, percebo que tudo gira a volta de circulo, o do próprio umbigo.

Gritam como se tivessem razão (não sabendo que a perdem), usam e abusam do poder que lhes é dado, para ferir ou mesmo assasinar um sonho, um projecto, um amor.

Ja pensei que era fácil viver neste mundo (sim era inocente), hoje sei e tenho a certeza que não o é.

O pior é que me sinto impotente para mostrar, indicar, encaminhar um caminho que não o da solidão interior, um caminho onde se pode contar uns com os outros, sem inveja, sem magoa, sem rancor.

A confiança no outro é a chave para a abrir o nosso futuro. Caso não a tenhamos, perduramos no presente, com um incoveniente... Ao contrário do que se possa pensar...estamos sós!

Rogerio Guimarães dizia...aos 18 somos adultos, quem disse ??? A lei? Ela nem nos conhece...

04 abril 2007

75

Três pontes separam-me, são elas que levam a corrente de ternuras, abraços e gostos. Tornam-se concorrentes, sem reparar o reflexo que deixo transparecer.

Um dia quis que assim fosse, para ser mais fácil o trajecto. Hoje, tremo ao vê-los lá em cima sem saberem onde estou.

O alcatrão que aquece a cada dia que passa, abre frechas que rapidamente vêm tapar. Ao mesmo tempo a minha corrente leva, o que outros já não querem, e eu ... encaminho-os para o Mar.

Pareço poluido, por isso não me querem. Os recentes apaixonados ainda aparecem, mas não por mim, apenas porque buscam a solidão.

Não estou sujo, apenas estou só.

Penso que o terramoto não tardará, e que susto irão ter. Quem passar naquela altura, olhará para baixo e irá ver-me estendido, de costas voltadas e de fronte baixa. Não será tristeza, nem desprezo, apenas estarei demasiado cansado de tirar o pó das minhas margens.

A ideia da minha primeira gota nunca foi a foz, mas sim o que podiam fazer com ela.

11 fevereiro 2007

Ganhou a mulher


De uma forma egoísta e de total falta de respeito pela vida que não é sua, ganhou a mulher.

Sem recursos, a nossa sociedade irá respeitar uma vontade de matar, destruir, aniquilar um feto, que dentro de alguns anos irá chorar.

Num País, onde a Taxa de Natalidade cada vez é mais baixa, permite-se matar o nosso futuro.


Cada um de nós a partir de hoje, devemos dar graças a lei anterior, ou hoje, poderíamos não estar aqui, lutando, sofrendo para termos uma sociedade mais justa.

Esta sociedade optou pela solução mais simples, que é apagar o quadro negro, e fingir que não existe a falta de informação dos nossos jovens, a falta de condições a essas mães que irão chorar pela falta que fazem a si próprias.

Num País que tem milhares de pessoas, vitimas de doença, inseridas numa lista de espera de 2/3 anos para ter uma intervenção cirúrgica, abre-se assim, uma nova lista de urgência de "10 semanas."

Entendo a dor da mulher, entendo que a vida de muitos de nós não é fácil, não entendo e não consigo aceitar o sorriso daqueles e daquelas perante o verbo raspar, sugar, matar, e terem o consentimento de todos nós.



Quero amar um país que ama a vida, quero estar num país onde o indefeso tem defesa, quero viver num país que olha uma criança e sabe que é ela o FUTURO.

Estarei atento.


-fotos de um feto de 10 semanas

30 janeiro 2007

Um post diferente

De perna traçada, oiço o quadro a trocar a informação, pessoas que deixam passar o tempo, inclinam-se para encontrar a melhor posicão, crianças destemidas tentam assaltar a máquina dos chocolates, até que desistem e chamam pelo Pai, este absorvido a ler um jornal, não se mexe, e elas não se calam.

Jazz na colunas !?!

Enfim estou á espera de chegar a minha cama.

P.S. : Não houve chocolates para ninguém.

08 janeiro 2007

Foi uma opção...


Fico contente, mas vão deixar saudade...


Beijos para elas!


Boa sorte!


27 dezembro 2006

Coloco os olhos no cimo da torre, vejo-a a sentir-se só, Eu, sinto-me impotente para poder alcançá-la. Sopra uma brisa que me grita ao ouvido, tu consegues!
Fico quieto.
Oiço a voz outra vez que me desafia a ter coragem, a ter vida, sinto-me encurralado.
Tenho medo.
Algo se tenta libertar do meu ventre, tortura-se, sinto calafrios, termuras, e ela só!
E eu só.
De tanto esperar a brisa carrega-me pelos céus, e deixa-me vê-la, é linda.
Não a mereço.
Começo a cair vertiginosamente, e lembro-me o quanto podia amar, agarrar, sentir, viver.
Tenho vergonha.
Ela abraça-me e diz-me o quanto me ama,o quanto me deseja.
Começo a correr...

Feliz 2007!

O Presente

Fácil de Entender

"Talvez por não saber falar de cor, Imaginei
Talvez por saber o que não será melhor, Aproximei
Meu corpo é o teu corpo o desejo entregue a nós
Sei lá eu o que queres dizer, Despedir-me de ti
Adeus um dia voltarei a ser feliz

Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor,
não sei, o que é sentir, se por falar falei
Pensei que se falasse era fácil de entender

Talvez por não saber falar de cor, Imaginei
Triste é o virar de costas, o último adeus
Sabe Deus o que quero dizer

Obrigado por saberes cuidar de mim,
Tratar de mim, olhar para mim, escutar quem sou,
e se ao menos tudo fosse igual a ti

[2x]
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor,
não sei o que é sentir, se por falar falei
Pensei que se falasse era fácil de entender

É o amor, que chega ao fim, um final assim,
assim é mais fácil de entender

[2x]
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor,
não sei o que é sentir, se por falar falei
Pensei que se fala-se era fácil de entender"

Não é!